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Novas diretrizes reforçam importância da Ressonância Magnética e Tomografia no tratamento de doenças cardiovasculares

Doenças do coração foram responsáveis por 28% das mortes no Brasil entre 2010 e 2019

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), lançou a Diretriz de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardiovascular 2024, um grande avanço na forma como os exames de imagem são utilizados no diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares. Essa atualização reforça a importância desses exames no cuidado com o coração, especialmente considerando que as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 28% das mortes no Brasil entre 2010 e 2019.

O cardiologista Arthur Pipolo destaca que a nova diretriz incorpora as mais recentes evidências científicas, tornando o diagnóstico mais preciso e ampliando as possibilidades de tratamento. “A tomografia e a ressonância magnética estão transformando a Cardiologia, permitindo diagnósticos mais rápidos, seguros e personalizados”, afirma.

Entre as mudanças, a diretriz consolida a angiotomografia coronariana como a principal opção para o diagnóstico não invasivo, sendo recomendada para pacientes sintomáticos com risco baixo a intermediário e para assintomáticos de risco muito alto. Esse exame se destaca por detectar precocemente alterações nas artérias coronárias, evitando procedimentos invasivos, como o cateterismo, e tornando o diagnóstico mais eficiente e seguro. Além disso, a tomografia ganha um papel essencial na complementação de outros exames não invasivos e na avaliação de pacientes submetidos a cirurgias cardíacas ou implantes de stents.

“A tomografia cardíaca, por exemplo, tornou-se essencial para definir se um paciente deve ser submetido a um procedimento invasivo, auxiliando no planejamento do tratamento e reduzindo complicações”, explica Arthur Pipolo.

A diretriz também reforça o compromisso com exames mais seguros e eficazes, recomendando estratégias para reduzir a exposição à radiação na tomografia e minimizar o uso de contraste, sem comprometer a qualidade do diagnóstico. Além disso, amplia a aplicação da tomografia para funções que antes eram exclusivas da ressonância, como a detecção de cicatrizes no músculo cardíaco e a avaliação da irrigação do coração, tornando o diagnóstico mais acessível e ágil.

Esses avanços não apenas melhoram o atendimento ao paciente, mas também ajudam a reduzir custos para o sistema de saúde, evitando internações e tratamentos tardios. “Com diagnósticos mais precisos e precoces, é possível oferecer tratamentos mais eficazes e personalizados, garantindo uma melhor qualidade de vida aos pacientes”, salienta o cardiologista.

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